sexta-feira, 9 de novembro de 2018

Custa caro viabilizar um projeto inovador?

O Brasil investe em torno de 1,2% do PIB em pesquisa e desenvolvimento, enquanto países como a Coreia do Sul e Taiwan destinam 3,9% e 2,9%


"Inovar custa caro." "O retorno é apenas a longo prazo." "Somente as grandes empresas têm condições financeiras para inovar." "Não vejo como inovar na minha empresa." Estas são algumas das queixas mais frequentes de gestores quando o assunto é inovação. O que eles não sabem, entretanto, é que não inovar sai ainda mais caro. A empresa perde em competitividade e fica para trás perante a concorrência. Além disso, há tempos a inovação deixou de ser um diferencial para tornar-se questão de sobrevivência no mercado.
Apesar da necessidade de inovar, um estudo do Massachusetts Institute of Technology (MIT), por encomenda do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), mostra que o setor privado investe pouco em inovação no Brasil. O País investe em torno de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) em pesquisa e desenvolvimento, enquanto países como a Coreia do Sul e Taiwan destinam 3,9% e 2,9% do PIB para esta finalidade, por exemplo.
As empresas buscam viabilizar a inovação no dia a dia, sem gastar muito e com agilidade. Se o produto obtiver sucesso quando chegar ao mercado, o investimento compensa. Mas existem muitos casos em que ele acaba fracassando depois do lançamento. Neste caso, mesmo que o investimento tenha sido relativamente pequeno, a conta fica cara. Por isso é tão importante aplicar uma prova de conceito, chamada de Proof of Concept Design, ou PoC Design, antes de lançar sua ideia no mercado. Ainda que as provas de conceito já sejam utilizadas há anos no Vale do Silício, a realidade brasileira é outra. Lá, as grandes organizações têm orçamentos e equipes dedicadas à inovação e grandes verbas para pesquisa e desenvolvimento. No Brasil, o cenário é outro, com recursos humanos e financeiros mais escassos.
A Apple, por exemplo, tem uma proporção de 8 produtos lançados para 1 de sucesso. Ela pode fazer isso e continuar com lucro, mas, para a maioria das empresas, as provas de conceito não podem ser caras nem demoradas. Desenvolvemos esta metodologia para testar projetos e avaliar não apenas a viabilidade técnica, mas principalmente se os usuários desejam a solução e se estão dispostos a pagar por ela, antes de colocá-la no mercado. O PoC Design viabiliza a inovação no dia a dia da empresa, com agilidade e aumento das chances de sucesso. O modelo pode ser aplicável a qualquer cenário de negócios e a todos os perfis de empresas.
Quem opta por trabalhar com PoC Design está descobrindo uma nova maneira de inovar para conquistar mais clientes e obter melhores resultados, com custo reduzido. A metodologia permite que o cliente faça um teste no mercado com uma fração do tempo (90 dias) e uma fração do custo (10% a 20%). Isso significa que mesmo empresas menores não diretamente ligadas a mercados de inovação podem se beneficiar, testando dezenas ou centenas de iniciativas em curtos períodos de tempo. Com os dados levantados durante a Prova de Conceito, os gerentes de produto têm a informação necessária para a tomada de decisão, seja no momento de um novo lançamento ou na hora da evolução dos produtos e serviços atuais.
Em dois anos de atuação, a Action Labs já executou mais de 80 projetos e tem mais de 15 produtos lançados – uma média de pouco mais de um produto criado a cada dois meses. A utilização do PoC Design nos permitiu testar a viabilidade técnica de uma série de ideias e verificar como seria sua aceitação no mercado. Utilizando as ferramentas certas, é possível economizar, tornando a inovação mais viável a qualquer porte de empresa.
Paulo Renato — Publicitário especializado em internet, dramaturgo e escalador. Já atendeu clientes como Petrobrás, Vivo / Telefônica, O Boticário, Jornal Estado de São Paulo, ONU (Organização das Nações Unidas), Renault, Kraft Foods e suas marcas, Fiep, Grupo Positivo, La Violetera, Copel entre outros. Tem no portfólio prêmios nacionais de internacionais. É o principal responsável pela modelagem de negócios, produtos e serviços inovadores na Action Labs, empresa paranaense que trabalha com uma metodologia de modelagem de negócios, produtos e serviços inovadores. Já atuou na área digital e na consultoria de comunicação de diversas campanhas políticas. Em 2009, participou de um workshop nos EUA com as equipes que fizeram a campanha presidencial de 2008 de Barack Obama, tanto offline quanto online.
Fonte http://www.administradores.com.br/noticias/cotidiano/custa-caro-viabilizar-um-projeto-inovador/127034/

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