quinta-feira, 29 de junho de 2017

Pequenos negócios se destacam no maior prêmio de inovação do país

Empreendedores de micro e pequenas empresas mostram que inovar não é uma ação restrita aos grandes empreendimentos

A solenidade de anúncio dos grandes vencedores do Prêmio Nacional de Inovação realizada na noite dessa segunda-feira (26), em São Paulo, reservou um lugar de destaque para nove pequenas empresas. Elas foram reconhecidas como referências nacionais no desenvolvimento de inovação. O prêmio é a mais importante iniciativa no Brasil para identificar e apoiar ações inovadoras nas empresas do segmento da indústria, entre grandes, médias e micro e pequenas empresas. O evento marcou a abertura do 7º Congresso Brasileiro de Inovação da Indústria, que acontece nesta terça (27) e quarta-feira (28), na capital paulista.
Na sua edição 2016/2017, o prêmio contou com a participação de 3.987 empresas inscritas, resultado 79% superior ao da última edição. A iniciativa conjunta do Sebrae e da Confederação Nacional da Indústria (CNI) homenageia as empresas brasileiras que investiram na inovação. A premiação foi dividida em quatro modalidades: micro e pequenas empresas atendidas pelo Programa Agentes Locais de Inovação (ALI); micro e pequenas; médias; e grandes empresas. Além disso, foi organizada nas categorias: gestão da inovação, inovação de produto, inovação de processo, inovação organizacional e inovação em marketing. Ao todo, 19 micro, pequenas, médias e grandes empresas de todas as regiões do país tiveram seus trabalhos, sendo nove micro e pequenas empresas.
Os vencedores foram selecionados a partir das escolhas de uma banca de juízes composta por representantes da CNI e do Sebrae e dos parceiros institucionais do prêmio: Instituto Euvaldo Lodi (IEL), Serviço Social da Indústria (Sesi), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Movimento Brasil Competitivo (MBC), Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei), Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii).
Para o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, o prêmio chega em uma boa hora. "Nesse momento em que o país enfrenta tantas notícias negativas, essa premiação representa um momento de renovação e comprova que o Brasil está muito vivo e com vontade de inovar. O Prêmio Nacional de Inovação significa um incentivo, uma abertura das portas da esperança de um país maior e melhor".
O vice-presidente da CNI Paulo Afonso Ferreira destacou a importância da inovação para o desenvolvimento econômico do país. “Com o espírito inovador incorporado, daremos mais um passo decisivo para o aumento da competitividade e da produtividade da economia nacional”, discursou. Ele acrescentou que o Prêmio Nacional de Inovação é, também, inovador. “Trata-se da única premiação desse tipo que envia um Relatório de Avaliação desenvolvido especialmente para cada empresa inscrita, apresentando os pontos fortes e as oportunidades de melhoria”.
Conheça as pequenas empresas vencedoras do Prêmio 2016/2017
1. Fornari Indústria (SC) - Premiada na categoria INOVAÇÃO DE PRODUTO e na categoria GESTÃO DA INOVAÇÃO
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A empresa Fornari Indústria atua centrada no desenvolvimento de produtos para agronegócio e saneamento, visando à segurança alimentar. Entre suas principais inovações destacam-se a máquina de lavar bandejas de ovos e bandejas de mudas - hortifrúti, máquina de lavar caixas para frutas, Dosarkit, máquina para lavar e desinfetar ovos comerciais, mesa de secagem e contagem, além de clorador para altas vazões. No aspecto da Gestão da Inovação, a principal característica de sua gestão da inovação é a elevada interface com empresas de base tecnológica para desenvolvimento de P&DI, o que lhe confere diversos aspectos positivos na capacidade de inovar.
2. Habitar Construções Inteligentes (SP) - Premiada na categoria INOVAÇÃO EM PROCESSO
A Habitar é uma construtora estabelecida no Vale do Paraíba, tendo como principal atividade a construção de casas e prédios populares. Ao longo dos últimos anos a empresa desenvolveu um sistema construtivo inovador de casas e edificações, baseada em sistemas construtivos da Europa e tropicalizada para o Brasil.
3. Pharmakos D'Amazônia (AM) - Premiada na categoria INOVAÇÃO EM MARKETING
A Pharmakos da Amazônia apresenta um portfólio de aproximadamente 50 produtos entre cosméticos (gel, sabonete íntimo, xampu, condicionador, óleos e creme corporais, aromatizadores bucais) e alimentos (pós, líquidos, encapsulados e mel). A inovação em marketing integrou um conjunto de esforços para introduzir os seus produtos no mercado norte-americano. Atualmente a empresa conta com cinco distribuidores americanos, tendo realizado a primeira exportação piloto em 2017.
4. Engpiso Ltda (BA) - Premiada na categoria INOVAÇÃO ORGANIZACIONAL
A Engpiso é uma empresa baiana especializada em pisos e revestimentos especiais que investe no desenvolvimento de novas tecnologias, visando à melhor relação entre custo e benefício e crescente empenho no desenvolvimento sustentável. Apresentou inovações organizacionais decorrentes do movimento de projetar e incubar uma nova unidade organizacional voltada a inovações (Núcleo de P&D) no parque Tecnológico de Salvador.
5. Montrel Tecnologia (SP) - Premiada na categoria MPE-ALI INOVAÇÃO DE PRODUTO
A Montrel Tecnologia oferece linha de sinalizadores audiovisuais e equipamentos que auxiliam as concessionárias de energia elétrica no combate às perdas, como a linha de verificadores de medidores. Entre as inovações de produto destaca-se o ADR Multi4000, lançado em 2015, que evita perdas desnecessárias e detecta com exatidão, sem necessidade de deslocamento ou remoção, se o medidor de consumo de energia elétrica está com defeito ou foi adulterado.
6. Play Park (SP) - Premiada na categoria MPE-ALI: Subcategoria INOVAÇÃO EM PROCESSO A Play Park é uma fábrica de brinquedos infláveis com grande portfólio de produtos, atendendo várias segmentações de mercado com fornecimento de brinquedos diretamente da fábrica. A empresa se preocupa com o constante desenvolvimento de novos produtos, com design inovador, interativo e funcional, tendo sempre como base a segurança de seus usuários. Para atender à demanda dos clientes, a empresa desenvolveu inovações significativas em seus processos, como: o Processo de Corte Digital, o processo de desenvolvimento em 3D e a utilização de Drones no processo de inspeção.
7. Biotechnos (RS) - Premiada na categoria MPE-ALI INOVAÇÃO EM MARKETING
A Biotechnos é uma empresa que pesquisa, desenvolve e comercializa novos produtos industriais nas áreas da bioenergia e biodiversidade. Em seu portfólio estão máquinas e equipamentos, produtos, serviços e projetos voltados à sustentabilidade ambiental. Sua inovação em marketing está baseada na estratégia de conduzir sua oferta de solução (produto) por meio do estabelecimento de Arranjos Produtivos Locais. Inicialmente, essa estratégia foi adotada para o lançamento de sua Usina de Biodiesel e, mais recentemente, foi também utilizada para constituir um APL de beneficiamento do babaçu, no qual novo equipamento da empresa vem sendo testado e implantado.
8. Q2 Produtos Médicos Odontológicos (SP) - Premiada na categoria MPE-ALI - INOVAÇÃO ORGANIZACIONAL
A Q2 Produtos Médicos Odontológicos desenvolve, fabrica e comercializa produtos e equipamentos para cirurgias, endodontia, dentística, diagnóstico, lubrificação e limpeza, além de kits acadêmicos e para consultório portátil. As inovações organizacionais destacam-se pelas parcerias realizadas para elevar a capacidade de atuação no mercado, demonstrando elevada capacidade em relacionamento com outras organizações, expandindo a marca para todo o país.
9. Simbios Biotecnologia (RS) - Premiada na categoria MPE-ALI - GESTÃO DA INOVAÇÃO
A Simbios é uma empresa especializada em diagnóstico molecular, pioneira na realização de análises laboratoriais de DNA e RNA de agentes infecciosos utilizando técnicas de biologia molecular: PCR, RT - PCR, Real Time PCR, RFLP e sequenciamento. A empresa foi pioneira em seu segmento, possuindo definições estratégicas alinhadas à preocupação com a antecipação tecnológica e adota práticas de gestão de projetos alinhadas ao PMBok, empregando técnicas e ferramentas de análise de cronograma, custos, qualidade e riscos. Possui ainda refinada estrutura de indicadores, embarcada em solução tecnológica e conta com histórico de captação de recursos em editais e políticas financeiras alinhadas aos projetos de produtos estratégicos.
Fonte http://www.administradores.com.br/noticias/cotidiano/pequenos-negocios-se-destacam-no-maior-premio-de-inovacao-do-pais/119854/

quinta-feira, 22 de junho de 2017

Inovação na crise: pecado ou salvação?

Neste momento de reativação da atividade econômica do consumo, ouvimos muito, sobretudo no mercado varejista, que a única solução para sair da crise é cortar custos. Mas, será que fechar lojas ou gerar novas vendas com ações como promoções e redução de preços são as únicas formas de aumentar a eficiência do varejo brasileiro em um período como este?

Nós achamos que não e entendemos que, para sairmos da crise, a inovação tecnológica é um caminho concreto, real e imediato. Algumas evidências mostram que é possível inovar em tempos difíceis, gerando resultados financeiros importantes e com recursos amplamente disponíveis no mercado brasileiro. Basta começar!

Algumas iniciativas corroboram para isso. Você sabia que o “Magazine Luiza”, um dos maiores varejistas do Brasil, atribui a sua virada nos resultados financeiros às iniciativas de inovação? Segundo o CEO da companhia, Frederico Trajano, o processo foi profundo e mudou o posicionamento da empresa: de uma companhia tradicional com um departamento digital, para uma organização digital com pontos físicos e calor humano.

A mudança se concretizou com a criação do núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento do “Magazine Luiza”, o “Luizalabs”. Trata-se de um laboratório de Tecnologia e Inovação, cujo objetivo é criar produtos e serviços com foco no varejo, oferecendo aos clientes mais benefícios e uma melhor experiência de compra. Hoje, são mais de cem pessoas envolvidas no “Luizalabs”. Ao que tudo indica, eles estão levando o assunto a sério.

A frente de transformação digital da empresa é muito estruturada e faz parte dos pilares estratégicos da companhia declarados ao mercado. Na nossa visão, hoje, é o caso mais bem sucedido de gestão da inovação no varejo brasileiro. 

Também vale destacar o trabalho desenvolvido por algumas startups. Segundo o estudo “Mapped in Brasil” – plataforma online que permite monitorar o ecossistema empreendedor – publicado recentemente pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), mostrou que este universo está pronto para entregar um volume significativo de soluções ao mercado brasileiro: atualmente, são 128 startups mapeadas, 47 aceleradoras, 41 empresas de venture capita e 30 parques tecnológicos. E muitas têm soluções maduras e com custos bastante acessíveis para o varejo. 

O consumidor brasileiro está gritando por inovação no varejo. E isto não é um exagero. O relatório “Clientes do varejo estão gritando – você está se adaptando?”, da “Accenture Consulting” traz exatamente uma visão clara sobre como os consumidores querem interagir com a tecnologia no ponto de venda.

Cito alguns insights interessantes deste relatório sobre o comportamento do consumidor brasileiro: 56% não podem esperar para receber recomendações inteligentes de compra quando estão dentro da loja; 47% querem poder comprar usando pontos de programas de fidelidade de forma fácil e ágil no ponto de venda; e 39% têm interesse em meios de pagamento mobile (a média global é de 25%).

Mas, o que mais surpreendeu neste estudo é que 82% dos consumidores brasileiros tiveram seu comportamento de compra influenciado pelo Google (a média global é de 57%) e 68% dos entrevistados “confessaram” terem sido impactos diretamente pelo “Facebook” (no mundo, esta média é de 41%).

Com base nestas informações, não dá mais para dizer que não se implementa tecnologia ou inovação no varejo porque o consumidor brasileiro não quer ou não se adapta. Será preciso dar outra desculpa.

As evidências estão aí, assim como é latente a necessidade de agir rápido. Chegou a hora de o varejo brasileiro obter resultado com o uso da inovação tecnológica no seu negócio. E, neste contexto, estamos certos de que este é o caminho a ser seguido.

Juliano Martins - Diretor vogal do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (IBEVAR)

Fonte http://www.administradores.com.br/noticias/negocios/inovacao-na-crise-pecado-ou-salvacao/119711/

terça-feira, 20 de junho de 2017

Um app que busca colocar a cidade na sua mão

Mineiro lança na Microsoft aplicativo testado em 38 locais que une diversos serviços urbanos

Tudo no celular. ‘É possível mapear São Paulo em menos de 2 minutos’, explica Machado Foto: GABRIELA BILO / ESTADAO

Um empreendedor mineiro de 33 anos quer revolucionar a maneira como as cidades - e os cidadãos - lidam com a questão da mobilidade. Ernani Jardim de Miranda Machado lança no dia 23, em evento fechado no escritório da Microsoft em São Paulo, o aplicativo MobQI, depois de testá-lo por dois anos em 38 cidades do mundo.

À primeira vista, a diferença entre o MobQI e os apps que já existem é a convergência de serviços. Pela mesma plataforma, será possível acionar um táxi, ver rotas e horários de ônibus e metrô e, em caso de problemas com segurança, acionar polícia, bombeiros e ambulância a um clique.

Por outro lado, Machado promete oferecer aos prestadores de serviço de transporte uma plataforma que possibilita gerenciar com eficiência e precisão seus negócios, “seja de uma frota de veículos, seja do perueiro que tem uma só van”, comenta ele.

Com veículos e pessoas utilizando o serviço, o mapeamento de rotas de uma cidade será feito de modo quase instantâneo. “Graças aos dados interligados, é possível mapear São Paulo em menos de 2 minutos”, explica Machado.

A história desse empreendedor é bastante curiosa. Com raízes familiares na cidade de Araçuaí, a 678 km de Belo Horizonte, ele já quis transformar o local, no Vale do Jequitinhonha, no Vale do Silício brasileiro. “O app foi todo desenvolvido lá unicamente porque eu queria mostrar que era possível fazer tecnologia em qualquer lugar”, conta ele. “Claro que precisei me mobilizar para levar mão de obra qualificada para a região, além de capacitar a já existente.”

O vínculo de Machado com Araçuaí é mais do que hereditário, aliás. Dos 6 aos 13 anos, viveu lá por causa dos negócios do pai - fazendeiro e então dono de uma empresa de locação de máquinas agrícolas pesadas.

Foi nessa época que desenvolveu o gosto pela programação. “Eu tinha 9 anos e minha mãe comprou um computador. Era um trambolho bege que ninguém em casa sabia nem ligar”, recorda-se. “Aquela porcaria, acho que ela nem sabia por que tinha comprado”, relembra.

O menino se encantou. Em pouco tempo estava brincando de fazer pequenos programinhas e desenhando até rótulos de cachaça para um amigo de seu pai, produtor. “Que me prometeu pagar em bombons e usa o rótulo até hoje, mas nunca me pagou”, alfineta o empreendedor.

Na época, para ligar o computador 386 à internet era preciso fazer interurbanos para Governador Valadares, a quase 400 km de lá, onde ficava o provedor de acesso mais próximo. “Vinha um absurdo na conta telefônica”, lembra Machado.

O garoto voltou a Belo Horizonte para cursar o ensino médio. Depois, ainda na capital mineira, graduou-se em Administração e Direito. Fez ainda Engenharia de Robótica na Suíça. E, desde os 18 anos, tem uma empresa de desenvolvimento de softwares.
Orgânico

Machado hoje é o responsável pelas fazendas da família. Na região de Araçuaí, planta orégano, manjericão, pimenta e café. Tudo para exportação. Tudo de forma orgânica. Em sua vida, o olhar rural e o urbano se mesclam para as soluções tecnológicas. Machado é o misto entre os Vales do Jequitinhonha e do Silício.

Fonte http://brasil.estadao.com.br/noticias/geral,um-app-que-busca-colocar-a-cidade-na-sua-mao,70001841932

quinta-feira, 15 de junho de 2017

Robôs virtuais vão controlar fábrica digital do futuro

Robôs virtuais vão controlar fábrica digital do futuro
A demonstração da tecnologia, feita no último dia 29 de Maio, envolveu a fabricação da peça mostrada no detalhe à esquerda em três unidades fabris distintas. [Imagem: SMACC/Divulgação]
Robôs discretos
A robótica não precisará se manifestar na forma de um Bumblebee, Data, C3PO ou Exterminador, e nem mesmo de um R2D2 ou um Wall-E.
Engenheiros do Centro de Pesquisas Técnicas (VTT) e da Universidade de Tampere, ambos na Finlândia, estão trabalhando em robôs bem mais discretos.
São robôs que existem na forma de códigos binários, dentro dos computadores, mas que serão responsáveis por gerir fábricas inteiras - mais do que isso, de coordenar várias fábricas.
Com esse "encarregado digital", nascerão o que os engenheiros chamam de fábricas virtuais, diversas unidades fabris reais que se transformam em uma só aos olhos dos seus coordenadores robóticos, produzindo bens de forma integrada e coordenada.
Fábrica digital
"A fábrica digital do futuro é uma rede descentralizada de empresas, com diferentes sub-redes, que também podem operar globalmente. A fabricação é controlada remotamente de um lugar qualquer via internet. A planta fabrica produtos em um local ideal para o objetivo atual a cada momento. Os critérios para o local de fabricação podem ser, por exemplo, eficiência, qualidade ou proximidade com o cliente," resume o professor Risto Kuivanen, coordenador do projeto SMACC, sigla em inglês para Centro de Manufatura e Máquinas Inteligentes.
E não são apenas ideias. Kuivanen falava enquanto demonstrava a operação conjunta de três células industriais - que poderão ser fábricas inteiras no futuro - com seus robôs, máquinas de solda, prensas, máquinas de corte a laser etc. -, tudo sendo coordenado pelos robôs virtuais - ou agentes de software.
Imagens das unidades fabris e dados de cada máquina eram mostrados em tempo real na central de controle durante a demonstração - o "lugar qualquer" a que o engenheiro se referiu.
Reorganização fabril
A intenção da equipe é que diferentes unidades produtivas - as fábricas reais - possam ter seus equipamentos integrados para reagir rapidamente a alterações no mercado, seja um pico de demanda, seja uma falta de compradores para os produtos originalmente fabricados - a integração virtual permitirá que os diversos equipamentos sejam reutilizados para fabricar outros produtos.
Várias unidades produtivas do mesmo grupo também poderão se reorganizar para aumentar a eficiência ou dar apoio a alguma fábrica em dificuldade.
A equipe afirma que as tecnologias necessárias para a integração de fábricas reais "estão em rápido desenvolvimento" e que poderão ser utilizadas dependendo das condições econômicas.

Enquanto isso, eles estão trabalhando para incluir a impressão 3D, que promete dar um novo nível de flexibilidade ao processo produtivo.
Fonte http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=robos-virtuais-vao-controlar-fabrica-digital-futuro&id=010180170612#.WT6t4evysdU

terça-feira, 13 de junho de 2017

Os erros e acertos de quem tenta criar uma startup

Em busca de reduzir as chances de falhar, empreendedores começam a buscar capacitação antes de desenvolver um novo negócio digital
Como muitos jovens, a paulistana Camila Florentino saiu da universidade cheia de sonhos. Para seu trabalho de conclusão, desenhou um aplicativo para conectar quem quer fazer eventos a todo o tipo de fornecedores. “Eu achava que ia mudar o mundo”, conta. “Passei um ano trabalhando como louca para juntar R$ 200 mil, que era o que eu achava que bastaria para tirar meu negócio do papel.” Não foi tão fácil assim: em quatro anos, a startup Celebrar teve de se transformar duas vezes para não falir .“Trabalhamos sem salário durante dois anos.”
A história de idas e vindas de Camila é retrato da trajetória de muitos empreendedores brasileiros. Eles começam essa jornada cheios de ilusões, que desviam sua atenção de aspectos importantes do negócio e colocam a nova empresa em risco.
Nos últimos anos, porém, muitos empreendedores passaram a procurar mais capacitação antes de começar uma startup. Os cursos – geralmente oferecidos em aceleradoras e espaços dedicados a startups – apresentam metodologias para testar o impacto desses negócios digitais de forma rápida, o que reduz o risco de fracasso.
Em maio, a reportagem do Estado frequentou um deles: trata-se de um workshop que ensina empreendedores a criar uma startup em quatro semanas. Chamado de Colisões, o curso é promovido pela aceleradora de startups Ace, em São Paulo. As “lendas” sobre as startups são o foco da primeira aula. “Muitos empreendedores acham que basta ter uma ideia”, explica Vinícius Machado, criador do Colisões. “Com o curso, ajudamos o empreendedor a derrubar vários mitos.”
O discurso logo vira prática, quando os cerca de 30 empreendedores dividem-se em grupos para criar um novo negócio digital por semana. Se for um aplicativo, por exemplo, eles devem criar um protótipo e convencer algumas pessoas a usá-lo até a próxima aula – o processo é repetido toda semana. Boas ideias não faltam: um grupo criou uma espécie de Airbnb para guardar caixas, outro pensou num aplicativo para furar filas. Era raro, porém, encontrar algum cliente disposto a usar.
Hipóteses. “Aprendemos que a ideia tem pouco valor”, diz o publicitário Tiago Lucci, de 36 anos. “O mais importante é a execução.” E eles aprendem que, antes de investir tempo e dinheiro numa ideia, é preciso validá-la. Para isso, eles vão a campo conversar com potenciais clientes. Se aquela ideia – ou hipótese – não resolve um problema real, é hora de descartá-la e pensar em uma nova.
Lucci chegou ao curso cheio de ideias e saiu apenas com uma, que nasceu durante o Colisões. Com alguns colegas, ele criou um site para comprar ou vender sapatos infantis usados. O negócio foi batizado de Mini Pés (ler mais abaixo). Lucci ainda não achou uma forma de solucionar o problema dos usuários, mas não pretende desistir.
Os tropeços no início da jornada são comuns. “Poucas startups começam dando certo”, diz Felipe Matos, empreendedor serial e fundador da aceleradora Startup Farm. “Isso é uma ilusão e as pessoas erram muito antes de (o negócio) dar certo.”
É por isso que não é incomum que mesmo empreendedores mais experientes busquem esse tipo de curso. É o caso da consultora de tecnologia Ana Carolina Ebenau, de 41 anos. Ela pretende inaugurar, até o fim do ano, um espaço de trabalho para startups (coworking) em Maringá (PR). “Quero ensinar as pessoas a sonharem”, diz. “Vou mudar de cidade, então estou determinada a fazer o negócio dar certo.”
Enquanto a obra do coworking não fica pronta – deve atrasar cerca de quatro meses em relação ao prazo original –, Ana Carolina investe na capacitação: faz cursos online e presenciais para aprender sobre como fazer a empresa ganhar escala mais rápido, além de como ajudar outros empreendedores.
Troca. Os cursos para empreendedores não trazem benefícios apenas para os profissionais. Ao ajudá-los a aprimorar suas habilidades e modelar seus negócios, aceleradoras e investidores têm a oportunidade de acompanhar, de perto, empreendedores com potencial. Isso permite que, no futuro, os profissionais encontrem nesses espaços de trabalho um terreno fértil para conseguir investimentos e crescer.
Na Ace, as startups mais promissoras nascidas no Colisões são acompanhadas nos meses seguintes e recebem orientação gratuita. Quando a empresa estiver pronta para ganhar escala, elas podem se candidatar ao processo de aceleração e conseguir investimento. No fim de junho, os empreendedores da última turma do curso vão apresentar projetos num evento no Cubo, coworking mantido pelo Itaú e pelo fundo Redpoint eVentures, em São Paulo.
Fonte http://link.estadao.com.br/noticias/inovacao,os-erros-e-acertos-de-quem-tenta-criar-uma-startup,70001835010

quinta-feira, 8 de junho de 2017

Mais recursos para a inovação e a pesquisa no Ceará



Governador Camilo Santana assina termo de concessão de recursos para o InovaFit, no valor de R$ 6 milhões e celebra a aproximação da indústria com o governo e academia


O evento aconteceu na última sexta-feira (02), no auditório da FIEC, contando com as presenças do Secretário da Ciência, Tecnologia e Educação Superior e presidente do Conselho Gestor do Fundo de Inovação Tecnológica, Inácio Arruda, o presidente da Funcap, Tarcísio Pequeno e o presidente da FIEC, Beto Studart, que ressaltou na ocasião, a importância da aproximação da indústria com o governo e a academia. “Inácio Arruda é um dos homens mais queridos desta federação e um grande mestre na articulação desse diálogo (governo-academia-Fiec). CT&I é o nosso cérebro”, afirmou Studart.

Ao todo, 105 empresas submeteram projetos para o edital, das quais 96 passaram na análise de documentos. Na fase de análise de mérito, 41 empresas foram selecionadas e seguiram para a fase final, que consistiu em apresentações presenciais das propostas. Após essa etapa, 22 projetos foram aprovados.

Projetos inovadores

Em sua fala, o secretário Inácio Arruda destacou os projetos inovadores do Ceará e disse que o financiamento do Governo do Estado é um impulso para a inovação e a pesquisa. “Estamos vivendo uma situação interessante: uma grande confusão no plano nacional, além da escassez hídrica e monetária. Por outro lado, um fervilhamento na área da tecnologia e inovação. O Ceará tem um potencial fantástico. Além do sol, do vento, do turismo, temos o mais importante, a inteligência”. Inácio destacou o papel da FIEC nessa aproximação com a academia e o governo e agradeceu as empresas que participantes. Aproveitou para informar que está trabalhando no sentido de transformar o InovaFit numa marca perene. “É muito importante para a inovação”.

Tarcisio Pequeno, presidente da Funcap, também celebrou e parabenizou as empresas que se inscreveram no InovaFit, desejando bons resultados. Ressaltou a importância do desenvolvimento da ciência, destacando a aproximação Fiec/Funcap, que conseguiu unir empresários, academia e governo. Tarcísio Pequeno falou ainda sobre a necessidade do Ceará formar mais cientistas. “Estamos aquém de uma sociedade moderna”, disse.

O termo para oficializar a concessão de recursos para o edital 05/2016 - InovaFit Fase 2, destinado ao financiamento de projetos inovadores no Estado, foi assinado pleo governador Camilo Santana, pelo Secretário Inácio Arruda, pelo presidente da Funcap, Tarcisio Pequeno, e pelo presidente da Fiec, Beto Studart. Em seguida foi feita a entrega dos contratos aos 22 projetos aprovados.

Participaram também da solenidade o deputado federal Odorico Monteiro, o Reitor da Universidade Federal do Ceará, Henry de Holanda Campos, o Presidente da Citinova, Cláudio Ricardo, representando o prefeito Roberto Cláudio, os deputados estaduais Walter Cavalcante, Evandro Leitão e Jeová Mota, o presidente do Conselho Temático de Inovação e Tecnologia da Fiec, Sampaio Filho, o secretário adjunto da Secitece, Francisco Carvalho, o presidente do Centec, Francisco Viana, além de representantes de vários setores da indústria e da pesquisa no Ceará.

Projetos aprovados


Fonte: Assessoria da Secitece

segunda-feira, 5 de junho de 2017

RH aponta inovação e formação de lideranças como solução para a crise

Congresso de Recursos Humanos reunirá diretores de principais empresas do país


A Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-RJ) vai realizar o RH-RIO 2017 nos dias 6 e 7 de junho, no Centro de Convenções do Windsor Oceânico, na Barra da Tijuca.
O renomado Congresso de Gestão de Pessoas do Rio de Janeiro reunirá diretores e profissionais de principais empresas do país para discutir quais são as tendências que vão transformar o mundo corporativo.
Em meio à turbulência econômica e política que atinge o país, investimento em inovação e na formação das lideranças será uma das propostas defendidas ao longo do evento.
Ao todo serão realizadas quatro palestras Magnas e 24 Simultâneas, que também vão propor debates e apresentar práticas de gestão relacionadas à performance, modelos de gestão e relações do trabalho. Gestores de empresas como Vale, Facebook, LinkedIn, Globosat, TIM, IBM, L’Oreal e EY estão confirmados.
“Sabemos do atual momento do país e das dificuldades que as organizações estão enfrentando. Entretanto, é preciso buscar oportunidades, rever as práticas – que não dão mais os resultados esperados –, e inovar. Sem esse comportamento, vai demorar ainda mais tempo para voltarmos a crescer”, avalia o presidente da ABRH-RJ, Paulo Sardinha.
Para a ABRH-RJ, é importante que as empresas percebam a necessidade de associar inovação à produtividade. O tema é visto como imprescindível para a agenda estratégica do país, tanto que a Magna “Inovação: o impulso para a produtividade” encerrará o primeiro dia do RH-RIO. O especialista em Estratégia Digital em organizações públicas e privadas, Carlos Nepomuceno, a professora do COPPEAD/UFRJ, Denise Fleck – mediados pelo consultor em gestão e desenvolvimento humano Dorival Donadão –, vão propor uma reflexão sobre o fator humano da produtividade e, consequentemente, como estabelecer estruturas institucionais e organizacionais que favoreçam a inovação.
“Propor esse debate é fundamental, pois ainda há organizações em que a inovação é vista como um entrave à produtividade”, explica Sardinha.
Ele observa que os gestores se equivocam quando compreendem a possibilidade de inovar apenas como um potencial gerador de problemas, devido ao risco do que foi idealizado não acontecer conforme o esperado. O que pode resultar em perdas, custos, além de provocar insegurança por modificar processos que estão funcionando bem.
“São justamente as estruturas internas, tradicionais e conservadoras, que inibem as mudanças. Como efeito, a inovação fica sitiada entre as paredes da empresa. Não vai além de projetos ambiciosos, mas que “morrem na praia”, alerta o presidente da ABRH-RJ.
Com a necessidade de inovar, a capacidade de prever tendência pode auxiliar as organizações a investir em produtos e práticas, reduzindo o risco do erro. Justamente a Magna 'Tendências e Cenários: Bem-vindo ao Novo Mundo do Trabalho', que abrirá o Congresso, no dia 6, vai debater sobre as perspectivas que há no horizonte com a 4ª Revolução Industrial.
Como as transformações pelas quais as organizações passam impactam nas lideranças, como deve ser um líder no cenário atual e quais os predicados que ele deve ter. Essas serão algumas das indagações que serão feitas na Magna que abrirá o segundo dia do RH-RIO. Renato Senna, diretor da Merck S.A., e Felipe Paiva, sócio da Artisan, vão esmiuçar essas questões na mesa 'Liderança: Mais do que um Papel, uma Missão!'.
Encerrando o Congresso, a ABRH-RJ vai provocar o público a refletir sobre a capacidade do RH de conduzir a mudança dentro de uma organização, bem como sobre as próprias modificações pelas quais o setor está passando. A mesa 'Transformações: O RH Influenciando e Mobilizando as Organizações' reunirá o fundador da Affero Lab, Conrado Schlochauer, o head de Recursos Humanos da Globosat, Georges Riche e a diretora de Educação, Gestão de Talentos e Planejamento na Vale, Desiê Ribeiro.
Facebook e LinkedIn são destaques
O RH-RIO ainda terá a participação de duas das principiais gigantes da internet. A Relationship Manager do LinkedIn, Juliana Felippe, vai estar no primeiro dia do Congresso, na mesa “Qual a fronteira entre a vida profissional e a pessoal”. Como as empresas devem lidar com o comportamento dos funcionários nas redes sociais, quais ações ajudarão a gerenciar crises de imagem dos colaboradores nas redes sociais e como se comportar nas redes sociais para não ter a sua reputação e a da empresa comprometidas essas entre outras questões serão provocadas ao longo do evento.
No segundo dia, na mesa 'Comunicação interna: curtir, compartilhar e agir!', será a vez da participação da Inara Pilatti e do Leonardo Leão, respectivamente, Head de Comunicação Interna e Head of Growth do Facebook. Serão apresentadas as ferramentas e as facilidades que o Facebook oferece por meio do Workplace, que é uma rede social exclusiva para empresas. Eles também vão destacar o valor da comunicação interna assertiva nas organizações e como utilizar as ferramentas digitais para melhorar a circulação da informação dentro do ambiente de trabalho.
Programação gratuita
Ao mesmo tempo do RH-RIO, acontece a Expo RH-RIO, feira de Recursos Humanos e gestão, que reunirá empresas que apresentarão em seus estandes o que há de mais atual em serviços e produtos para RH. A entrada na feira é gratuita
Uma das atrações será um ciclo de nove palestras gratuitas sobre cases e trabalhos de finalistas do Prêmio Ser Humano (ABRH-RJ). Esse prêmio reconhece anualmente organizações que se destacam na gestão de pessoas, bem como trabalhos acadêmicos sobre RH. Serão apresentadas práticas de programas de qualidade de vida, de planos de cargos e salários, de seleção por competências, entre outras.
No primeiro dia, por exemplo, o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) vai apresentar o que foi alcançado com o seu programa de qualidade de vida, que em 2017,completa 10 anos de existência. Nessa década, os resultados obtidos se mostraram expressivos, não apenas pelo índice de 98% de aprovação dos servidores, mas também pelo aumento da motivação e da autoestima; pela redução do índice de absenteísmo de aproximadamente 50% por motivos de doença e acidente de trabalho; e pelo sucesso acima de 90% nos tratamentos de saúde do servidor. Ainda no mesmo dia, serão apresentados cases da Unimed Rio Federação, da Enel Brasil, do IBGE e da Casa da Moeda. Já no segundo dia, será a vez do Centro Integrado de Estudos e Programas de Desenvolvimento Sustentável (Cieds) e da Fetranspor apresentarem suas práticas de sucesso.
Ação social
A responsabilidade social como força motriz transformadora será outra vertente do evento.Durante a Expo, serão realizadas sessões de autógrafo com  escritores de obras sobre gestão e RH. Cada livro vendido terá R$ 2,00 destinados à Associação Espaço Pequeno Cidadão (AEPEC), que, desde 1995, promove projeto sociais voltados para crianças e adolescentes de São Gonçalo.
Serviço: RH-RIO 2017
Data: 6 e 7 de junho (terça e quarta-feira), das 9h às 18h
Local: Centro de Convenções do Windsor Oceânico - Rua Martinho de Mesquita, 129 - Barra da Tijuca
Mais informações: www.abrhrj.org.br
Fonte http://www.jb.com.br/balcao-de-emprego/noticias/2017/06/05/rh-aponta-inovacao-e-formacao-de-liderancas-como-solucao-para-a-crise/

quinta-feira, 1 de junho de 2017

Como o erro pode conduzir sua empresa ao sucesso

Perfeccionismo já não é um "defeito" apreciado em empresas de ponta; tolerância ao erro surge como aliada da inovação

Seja rápido para errar e mais rápido para se recuperar. Duas décadas atrás, uma frase assim jamais seria sussurrada nos corredores das empresas, amigas da previsibilidade e das projeções anuais de lucro. Hoje, a inovação é um imperativo. A velocidade de transformação das tecnologias implica em maior necessidade de adaptação dos negócios. A questão não é mais errar, mas como superar o erro de maneira rápida e decisiva.
Em janeiro de 2015, quando o protótipo de foguete desenvolvido pela SpaceX explodiu na tentativa de aterrisagem, o empresário Elon Musk definiu aquele dia como "excitante". A reutilização de foguetes é uma etapa crucial para as viagens comerciais interplanetárias, propósito que ainda parece distante e utópico. Um erro dessa magnitude seria suficiente para desacreditar investidores e atirar o projeto às gavetas.
Um ano depois, a aterrisagem foi concluída com sucesso. O sonho de ter um foguete 100% reutilizável ainda não foi alcançado, porém Musk prometeu atingir esse objetivo até 2018. A questão é que, se o erro não fosse visto como uma etapa crucial do processo de inovação, poucos engenheiros e designers da SpaceX estariam dispostos a apostar a própria carreira em uma ideia megalomaníaca.
O limite entre o pensamento criativo "fora da caixa" e o acidente que gera inovação é bem confuso. Antes da Penicilina, doenças como a Tuberculose eram tratadas como morte certa. A descoberta acidental do antibiótico por Alexander Fleming -- ele esqueceu placas com culturas de bactérias no laboratório ao sair de férias -- deu início a uma nova era no tratamento de doenças.
É importante enfatizar que a tolerância ao erro nas empresas refere-se ao risco de apostar em novas ideias, e não à ociosidade, baixa performance e incompetência. Como já afirmava Louis Pasteur, "nos campos da observação, o acaso favorece apenas as mentes preparadas". Confira abaixo quatro dicas para implementar uma culturade tolerância ao erro sem ser complacente com a incompetência.

1. Tenha equipes diversificadas

Em geral, o perfil procurado por recrutadores dificilmente envolve qualidades como "cautelosa", "conservador" ou "pessimista". Empresas querem profissionais entusiasmados, criativos, cheios de energias e com ideias novas a cada xícara de café.
No entanto, pouca inovação irá se desenvolver em um ambiente monocromático. As equipes devem ser compostas por pessoas com diferentes backgrounds - o que inclui diversidade sexual, étnica e social. Dessa maneira, um erro desnecessário pode ser neutralizado antes de ser cometido e diferentes soluções para um mesmo problema são apresentadas.

2. Reconheça os esforços

A melhor maneira para um profissional saber que está no caminho certo é quando seu trabalho é reconhecido. Quando se trata de um erro, essa atitude assume uma importância ainda maior. Ao reconhecer que o erro foi parte de uma atitude desejável e estimulada, a liderança manda um recado claro para os demais funcionários: sejam ousados.
O reforço negativo, por sua vez, fará com que a equipe permaneça cada vez mais inibida. Novas ideias vão surgir, porém permanecerão circunscritas aos protestos silenciosos dos funcionários e dificilmente serão compartilhadas com a liderança indisposta a assumir o risco.
Um exemplo bem sucedido de reconhecimento é do inventor e cientista da 3M, Art Fry, criador do bloco de recados Post-It®. Entre a concepção da ideia - usar a cola desenvolvida pela 3M em marcadores de páginas - e a produção em massa, passou-se quase uma década: em 1980, o produto e a equipe receberam o 3M Golden Step Award, um reconhecimento interno da 3M para seus funcionários pelos lançamentos de produtos inovadores e que trouxeram lucratividade para os negócios da empresa.

3. Estimule o pensamento criativo

A inovação só nasce em solo fertilizado pela criatividade. Embora essa seja uma característica individual, a organização tem um papel fundamental no estímulo do pensamento crítico e criativo.
O pensamento criativo envolve incertezas, contradições, visões de mundo distintas e conflitos. Salvador Dalí, conhecido pintor surrealista, defendia que "é preciso provocar sistematicamente confusão. Tudo aquilo que é contraditório gera vida".
Confusão em um ambiente controlado e tolerante pode ser a fonte para novas soluções.

4. Planeje e saiba alterar o curso

Erros acontecem no melhor ou pior dos cenários. E quando acontecem, não adianta procurar culpados ou chorar no canto do escritório: é necessário saber o que será feito dali em diante. A equipe precisa de uma orientação e os líderes precisam ser resilientes.
Com o tempo, a empresa poderá ter tomado um rumo diferente daquele que foi imaginado no início. Porém não haverá traço de remorso ou arrependimento. Se o planejamento tivesse permanecido fixo, em determinada altura o negócio iria perder sua relevância.
Fonte http://www.administradores.com.br/noticias/negocios/como-o-erro-pode-conduzir-sua-empresa-ao-sucesso/119151/

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